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O Atlântida já não vem navegar nos Mares dos Açores

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo pediam mais 7 a 9 meses para resolver as questões técnicas e as alterações exigíveis para que o Ferry Atlântida atingisse 19 nós de velocidade, como era previsto no contrato. Assim depois de recebida esta proposta dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo o Governo decidiu recomendar à Atlântico Line a resolução (anulação) do contrato celebrado. Chega ao fim este processo da construção dos dois Ferrys (RO-RO CAR & PASSENGER C.Nº. 258 e 259), nos ENVC? Não o podemos afirmar, mas deve servir de ponderação para o futuro e concerteza que o Governo também assim reflectirá. Mas com o currículo que abaixo se descreve, quem poderia imaginar que este processo teria este nefasto desfecho? É que vejamos: “Os ENVC são uma empresa de construção e reparação naval de tamanho médio em actividade desde 1944, localizada na cidade de Viana do Castelo, na costa Atlântica no norte de Portugal. Ocupam uma área de 400.000 m2 e empregam aproximadamente 900 trabalhadores, sendo o maior Estaleiro de construção naval de Portugal e já um dos maiores da face ocidental da Europa. Desde a sua fundação que desenvolve os seus próprios projectos, o que lhe confere actualmente uma grande capacidade para projectar, construir, converter e reparar navios sofisticados e de diferentes tipos até 30.000 TDW. Desde que iniciou a sua  actividade   já construiu mais de 200 navios de vários tipos: batelões, rebocadores, ferry-boats, navios de pesca, carga a granel, porta-contentores, transportadores de cimento, navios tanques, LPG, transportadores de produtos químicos e vasos de guerra.” ( www.envc.pt ) Com todo este elenco de construções feitas quem haveria de imaginar todo este imbróglio? Foi defeito do projecto?

O ATLÂNTIDA NAVIO QUE FOI RECUSADO POR DEFECIÊNCIAS DE CONSTRUÇÃO

Já aqui há semanas, ficámos “de pé atrás” mas nada quisemos opinar em prol do bom senso, quando o “Expresso” avançou com uma notícia sobre o atraso e anomalias várias no ferry ao que a empresa adjudicatária veio esclarecer:
”1 – A Atlânticoline S.A. contratou com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo a construção de um navio ferry com determinadas características. É um navio com essas características que a Atlânticoline S.A. conta receber já este ano, a tempo de participar na operação de 2009, a qual se inicia a 13 de Maio. 2 – Caso isso não aconteça, existem mecanismos previstos no contrato e na lei geral que estabelecem penalizações e indemnizações pelo não cumprimento de algum ou alguns desses requisitos. 3 - Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo estão numa situação de incumprimento quanto ao prazo de entrega do navio Atlântida, o qual era até 30 de Setembro de 2008.”
Ontem o Secretário da Economia, Vasco Cordeiro, veio informar o que se esperava, depois da rejeição da contraproposta dos ENVC acima citada: “A recepção, ainda que provisória ou sob condição, do navio Alântida deve ser recusada;” Salvaguardar o “ressarcimento de todos os prejuízos derivados das vicissitudes do processo de construção do Atlântida”; Accionar as garantias bancárias para a Atlanticoline receber os montantes pagos (31.710,00€) e “Devem ser, de imediato, tomadas as medidas (…) para garantir o início da operação de transporte marítimo de passageiros continue a ocorrer a 13 de Maio do corrente ano;”
Ainda falta um mês e estou convencido, que esta substituição por outro navio já estava a ser tratada, mas a dúvida pairará até o próximo anuncio do navio que virá operar para as Festas de Santo Cristo em Ponta Delgada e quanto mais depressa se desfizerem dúvidas, maior credibilidade se alcançará.
Vamos ter de esperar mais uns largos meses, para sabermos o que virá a seguir, quanto à necessária e imprescindível aquisição/construção pela Atlânticoline (empresa a quem o Governo incumbiu de desenvolver a operação marítima de passageiros de Maio a Setembro inter-ilhas) das duas unidades há muito planeadas para essa operação, sendo que a segunda embarcação, que fazia parte do contrato, com 71,3 m de comprimento total, e capacidade para 30 viaturas e 375 passageiros (a operar no Grupo Central) parece que nunca foi iniciada.
Aguardemos então pelos novos desenvolvimentos, com a serenidade que o bom senso aconselha.

 

  

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